terça-feira, 18 de novembro de 2008

Relato da Cesárea do Chico

O que faz o texto a seguir interessante não é porque eu vivi uma história singular. Ela pode ter sido única por um ou outro detalhe. Mas o que faz valer à pena ler o texto abaixo é que este relato é muito parecido com milhares de relatos de cesária.
Realmente já vi algumas histórias menos ruins que a minha, mas também já ouvi outras tantas muito piores. Mas o ponto aqui é que uma cesárea sempre será uma cesárea e salvo quando bem indicada é uma agressão ao bebê e à mãe. A cesárea -diferente do parto normal - é um procedimento, impessoal e padronizado. E infelizmente no Brasil os partos que poderiam ser lindos e intensos como alguns indicados neste blog são roubados e viram histórias muito parecidas com a que vou lhes contar.
Mas ele não está aqui para aterrorizar ou entristecer ninguém. Ele está aqui para que as mulheres que confiam em seus médicos saiam do piloto automático e se questionem se ele é tão bom obstetra quanto foi ginecologista.
Existem opções mas é preciso lutar por elas.
Se você quer entender porque poderia ter sido mais bonito, como poderia ter sido, ou como entrar pra esta luta acesse: www.partodoprincipio.com.br ou www.maternidadeativa.com.br
Nestes sites, além de encontrar as pessoas certas para te ajudar nesta luta você também encontra relatos que mostram como tudo isso poderia ter sido.


A Gestação

Não estávamos tentando, tampouco evitando a gravidez. Achava que iria demorar, mas não demorou. Parei de tomar a pílula em dezembro e me descobri grávida no fim de março, com 6 semanas.
Meu GO já me acompanhava há 7 anos. Nunca foi uma relação muito calorosa, mas sempre foi eficaz. Por isso confiava nele. Ele é professor da Paulista, adepto de acupuntura, e ao longo da gestação sempre falava em minimização de riscos. Racional como eu!

De um modo geral, a gravidez foi muito tranqüila. Tive 2 sustos, descolamento de placenta no primeiro trimestre e uma contratura muscular na barriga, que não era nada, mas me assustou bastante. Mesmo assim foram muitos exames. Cerca de 12 ultra-sons, 2 cardiotocos e todos os de sangue possíveis.

No quinto mês fiquei em dúvida sobre meu médico. Não me sentia à vontade para questioná-lo. Ele sempre respondia às minhas perguntas, mas era sempre objetivo demais, seco demais, médico demais.
Eu e meu marido perguntamos qual era o partido dele. Ele disse que deveríamos fazer o PN. Que eu tinha quadril largo e não deveria dar nenhum problema.
Sempre tive dificuldades de tomar decisões pautadas nos meus sentimentos. Tudo sempre teve que ser racional, justificável. Mudar de médico agora não o seria, portanto resolvemos continuar com ele.
Fizemos o curso de gestantes do São Luiz. Estávamos seguros de que tínhamos boas informações e de que estávamos bem assistidos. No curso mostraram alguns vídeos de parto e o recém nascido gritando... Lembro-me nitidamente de pensar DEVOLVAM ESTE BB PRA MÃE DELE! Mas mais uma vez sufoquei meus sentimentos... Eles sabem o que fazem.
Em setembro nasceu nosso sobrinho na Itália. Parto Normal, sem episio, sem anestesia, em cadeira holandesa. Só não foi na água porque não deu tempo. Nós na nossa ignorância arrogante ficamos aqui falando que não era uma boa, acreditávamos no mito da necessidade da episio para preservação da vagina.
Na minha penúltima consulta meu médico solicitou uma cardiotocografia.
Fizemos, e como eu sabia, estava tudo perfeito. Sentia muito pouco as Braxton. Eu sentia que o parto estava longe, mas mais uma vez não ouvi meus sentimentos.

O Sonho vai acabando

Fomos pra nossa última consulta dia 14/11. Segundo o médico eu tinha 1cm de dilatação (porque o toque doía tanto?). O parecer dele: se não entrar em TP até a DPP, vamos induzir.
Saí de lá bem triste. Eu tinha certeza de que não entraria em TP até lá. Eu que sempre fui uma pessoa agitada estava zeeeeeen. Zen até demais. As pessoas mal me reconheciam. Faltando 1 semana pra DPP eu achava que aquilo era tempo demais.
Queria trabalhar até o final da gestação. Pra mim entrar em TP no escritório não era problema. Mas enquanto eu estava toda tranqüila, o Alê foi ficando cada vez mais ansioso.
Morávamos em Perdizes e minha sogra mora perto do São Luiz. Então nos mudamos pra casa da minha sogra. O Alê queria ficar pertinho do hospital.
Eu não queria muito. Ficava mais à vontade em casa e meu mega querido cachorro poderia ficar comigo. Mas também não queria fazer disso um campo de batalha. Fomos pra casa da minha sogra dia 17/11 e minha DPP era dia 20/11.
Segunda feira dia 19/11 o São Luiz me liga. Disse que meu médico tinha falado com eles e eles queriam alguns dados para agendar minha internação. Aquilo esmagou meu coração. Era realidade, eu iria para o hospital com data agendada. Mas eu estava bem treinada a passar por cima dos meus sentimentos. Em vez de gritar, respondi tudo o que o homem queria.
Não saía da minha cabeça que induzir parto era sinônimo de cesárea, o que eu não queria de jeito nenhum. O Alê não me apoiava nisso. Dizia que o médico era nosso treinador e que tínhamos que confiar nele. Não dava pra desconfiar nessa altura do campeonato.
Sua sugestão era que deveríamos conversar com meu médico. Então liguei pra ele, com quem eu não tinha diálogo, dizendo da minha insatisfação, que não entendia por que não poderíamos esperar. Sua resposta foi satisfatória (pelo menos na época) disse que agora tanto eu quanto o BB estávamos em plenas condições de agüentar um trabalho de parto. Que pelo ultra-som ele já tinha visto umas placas no líquido amniótico que indicavam maturidade pulmonar do feto. Se esperássemos, poderia ocorrer algo que tirasse a minha capacidade de (ou a do BB) de agüentar um TP acarretando numa cesárea de emergência. Logo induzir o parto aumentaria minhas chances de PN.
Disse para eu caminhar. Quem sabe?
Bom, saí caminhando pelo bairro inteiro. As Braxton já estavam mais fortes e segundo instruções do meu médico eu tinha ficado toda a gestação sedentária. Desacostumada e 16 Kg mais pesada não estava aproveitando muito o passeio. Não teve jeito.
De noite eu e o Alê quisemos nos despedir da barriga. Ficamos no nosso quarto na minha sogra, fizemos muito carinho nela, tiramos algumas fotos. Estávamos nos despedindo da fase onde éramos só nós dois.



A Indução

No dia seguinte já estava mais animada. Meu filho ia nascer aquele dia! Acreditava que ia conseguir PN. Achava que tudo ia dar certo!
Tomamos café e fomos ao hospital.

Chegamos lá as 10am. Enquanto preenchíamos a ficha passou meu médico. Ele estava com uma cara boa, feliz. Eu estava confiante.
Fui para uma salinha com as enfermeiras. Fizeram alguns procedimentos, tricotomia, questionários, toque e a medonha camisola verde de bunda de fora. Mas aquilo realmente não me incomodava. Perguntaram do meu médico e eu disse que ele estava dentro do hospital. Depois de um tempo a enfermeira volta e fala: - seu médico é chique! Faz acupuntura! Na hora achei bacana, mas não sabia como ela sabia disso.
Bom, subimos pra sala de pré-parto. Um quartinho pequeno com uma cama, um cardiotoco, uma cadeirinha, TV, rádio, e um banheiro.
Aí começamos. Era mais ou menos 11 horas e comecei a tomar a oxitocina. Continuava animada. Tinham aqueles cartazes “caminhando para o TP”. Então eu, o Alê e o sorinho ficamos caminhando por ali. Eu ficava indo na sala de delivery, ansiosa pelo momento em que me transfeririam para lá. Só poderia ir para lá com pelo menos X de dilatação.
Tinha outra mulher induzindo parto. Como ficava passando por sua porta li sua ficha e qual minha surpresa, ela também estava com meu médico! Por isso a enfermeira sabia da acupuntura! Bom, acabei encontrando com ela no corredor. Estava feliz e gostava de vê-la ali. Sorria para ela quando a via. Imaginava que estávamos compartilhando da mesma emoção!
Ao meio dia me deixaram tomar uma sopinha Vono. Deixaram claro, era minha última refeição. Eu continuava animada e o Alê até filmou a última refeição.

Não tinha nada pro Alê, falei pra ele sair pra comer, sei lá quanto tempo aquilo iria demorar. Fiquei com um pouco de sono e cheguei a cochilar.
Quando o meu médico soube, falou:- Ah! Tá fraquinho então! Aí aumentou a dose da oxitocina. Incrível, a dor começou a aumentar e eu presa naquele cardiotoco, não me mexia mais. Fiquei deitada a partir de então. Não gemia, não gritava, não andava. Simplesmente fiquei deitada, muda, sentindo minha dor e esperando... Mal sabia eu que era uma vaca indo pro abate.
Acho que o Alê acabou ligando a TV, com o som mudo.
Eu não queria falar nem encostar em ninguém, me fechei com minha dor. Esperando que aquilo passasse. Não vou saber mais descrever exatamente. Sei que fizemos alguns exames de toque, aquilo doía muito e sangrava. Uma hora ele fez sei lá o que com a bolsa para acelerar o TP, mas acho que não era estourar a bolsa, porque não me lembro dos lençóis terem se molhado. Ele também fez acupuntura no dedinho do pé para acelerar o dito cujo... E aquilo também era doído.
Já não estava mais animada, nem um pouco.
Meu médico entrava no quarto e via o papelzinho do cardiotoco e ficava feliz:- que maravilha, hein Priscila? Não é por falta de contração!
Lembro que alguma hora ele saiu do hospital, disse que estava indo fazer um parto na Pro Matre e que já voltava. Eu sempre perguntava pela minha outra colega parturiente. Era a única coisa que eu queria falar... Se o dela desse certo o meu também daria. Ela começou a indução uma hora antes de mim. Ele me disse que o quadril dela era estreito, que muito provavelmente seria cesárea. O BB dela era uma menina.
Certa hora veio o primeiro vômito. Bile. Eu sabia que não ia agüentar muito, aquilo mostrava que a dor era real. Meu corpo estava sentindo e não somente a minha mente. Valorizei aquele vômito. Fiz o Alê sair do quartinho pra ir contar pras enfermeiras.
Nossos pais, eu deixei o Alê gerenciar. Nem sei ao certo se ligaram ou quantas vezes ligaram. Por mim só estaríamos nós lá.
Chegou uma hora em que meu médico veio conversar conosco. Disse que o Chico não estava com o queixo encostado no peito. Estava como que olhando para o canal vaginal e por isso a dilatação estava mais difícil. Perguntei qual a probabilidade dele encostar o queixo. 50%.
Pedi alguma coisa para alívio da dor. A tese de doutorado de meu médico era sobre o uso da acupuntura para alívio da dor e possível eliminação de anestesia. Esperava aquilo pra mim. Mas nada! Ele ministrou buscopan.
Uma hora depois, mais um toque e ele disse que Chico tinha mexido um pouquinho, as chances agora eram 60%. Eu estava com 5cm. Continuava com muita dor e cansada. Mais do que dor o cansaço me consumia, os intervalos das contrações eram muito curtos.
Esperamos mais uma hora e o cenário não mudou. Disse que o buscopan não tinha diminuído a dor.
Minha colega parturiente estava com 2cm de dilatação e estava indo para cesárea. Se depois do parto dela eu não tivesse evoluído, eu iria para cesárea, caso contrário eu já estaria com 6cm e poderia tomar a anestesia para o parto normal. Esperei mais uma hora... E nada. Chico tinha estacionado naquela posição.

A Cesárea

Era 10: 00 pm e fomos para a cesárea, após 10 horas de indução.
Alê foi se aparamentar e eu fui sozinha, numa maca, nua sob um lençol, para a cesárea.
Quiseram me tirar da maca no meio de uma contração.
Me colocaram na mesa cirúrgica. Fiquei na posição para tomar a peridural. Sabia que tinha uma injeção gigantesca na minha coluna. Quis pensar em outra coisa. Rápido pensa em algo! Comecei a conversar com meu médico sobre faculdade de medicina. Como funciona, quantos anos, residência, etc.
Me deitaram. Não sei quantas pessoas nem quem estava lá. A sala era enorme.
Me apresentaram o Obstetra auxiliar, um homem muito simpático.
Me amarraram. Colocaram o pano azul. Não enxergava nada abaixo do meu queixo.
Vomitei mais. Vomitei um monte por causa da anestesia e assim fiquei até sair de lá. Deitada, no meio de um monte de vômito enquanto meu filho nascia.
Começaram a me cortar e o Alê nem tinha chegado. O Alê entrou na sala e sentou-se ao meu lado. Pedi carinho na cabeça. Ele pediu autorização pros médicos. Tinha medo de que não pudesse. Deixaram.
Me sentia totalmente engessada. Não conseguia me mexer e tudo era pesado. Sentia a anestesia até meu peito. Era um peso enorme no peito e não sentia o ar entrando. Era angustiante. O Alê falou pro anestesista e ele sem dar atenção disse que era normal a anestesia subir.
Gol do Brasil!!!! O quê??? Acreditem: - Gol do Brasil! O anestesista anunciava, enquanto escutava no fone de ouvido!
De repente escuto as enfermeiras: - Que lindinho! É loirinho!
Na seqüência, o choro. O mesmo do curso de gestantes. O choro sentido, desesperado, abandonado e invadido.
O Alê do meu lado, ele não queria me deixar só. Disse que eu estava grogue.
Mas eu pedi que fosse: - Vai lá ver nosso filho! Vai lá ver pra me contar!
Meu filho tinha nascido. Eu o escutava chorar, mas não o via, não podia pegar nele, não sabia o que estavam fazendo com ele, nem como era. O Alê foi lá depois de alguma insistência minha e uma hora lembrou de filmar.

Enfim trouxeram o Chico pra perto de mim. Comecei a falar com ele e ele parou de chorar na hora.
O Alê ainda estava nervoso. Preferiu não segurar o Chico.
Me perguntaram se eu queria amamentá-lo:
- Eu posso até tentar, mas....
- Você vai continuar amarrada, eu é que ia ficar segurando...
A enfermeira deu uma espiada sob o pano azul e viu aquele monte de coisas ligadas no meu peito e desistiu da idéia!
E eu? Bom eu continuava amarrada, quietinha, aceitando tudo o que eles me diziam.... Muuuuu
Para encostar nele, eu estiquei um pouco o rosto até que minha bochecha encostasse nele. Acho que ele gostou. Mesmo que fosse muito pouco, era a mãe dele! Ele sabia! Eu conversei um pouco com ele e ele parou de chorar na hora.
Quis sentar... o médico ainda estava me costurando.
O Alê filmou isso. Notem, após 40 semanas e 1 dia de gestação não me deixaram ficar com meu filho nem por 2 minutos inteiros!!!
Levaram o Chico e eu fiquei lá.


O obstetra auxiliar me falou: - Passe a mão na barriga. Estava lisinha. Na hora achei até simpático. Mas hoje vejo o absurdo! Ele não tinha maldade, mas levam meu filho e me consolam com uma barriga pequena!
A sala foi ficando vazia. Acho que pedi pro Alê ir com o Chico. Não lembro.
Lembro que uma mulher veio falar comigo, ela tinha um sorriso tranqüilo e uma voz carinhosa: - Gostou do parto? – Eu queria normal!, respondi.

Bom, saí de lá e fui pra recuperação de anestesia. Fiquei algum tempo lá. Tinha uma mulher ao meu lado com tremedeira. E uma enfermeira. Nem Alê nem Chico nem meu médico. Era uma sala grande, com várias camas vazias. Estava escuro. Tudo indicava que já era madrugada.
1:00am me levaram ao meu quarto. Minha mãe, pai e madrasta estavam todos lá com o Alê. Na verdade não gostei de vê-los. Queria ficar só com o Alê e o Chico. Até então não tinha podido ficar com eles. Mas eles foram embora rápido.



Trouxeram o Chico e enfim eu pude segurá-lo, enfim pude amamentá-lo.









Se fosse resumir meu parto em poucas palavras seriam: Desânimo, dor, resignação, desrespeito e solidão.

Agradecimentos:
Acho que o Alê não sabe a importância que teve aquele carinho na minha cabeça enquanto o Chico nascia. Aquilo me consolava. Era o pouquinho de proteção e carinho que eu conseguia receber naquele momento. Realmente ele não teve o papel ativo que tanto queríamos que ele tivesse no parto. Mas se nem eu tive, o que sobrou para ele?

Muitas pessoas passaram por mim, mas apenas 2 se dignaram a olhar nos meus olhos e sorrir. Não sei seus nomes, mas agradeço por aqueles olhares.

A vocês por lerem este relato e me ajudarem a Aceitar a perda (ou roubo?) de um momento que era para ser um dos mais felizes e foi um dos mais tristes. Virar a página.

Espero que pelo menos este relato ajude algumas mulheres a acreditarem em si. Acreditarem nos seus sentimentos e lutarem por um parto digno... sim, no Brasil isso ainda tem que ser uma luta.

15 comentários:

Dani Garbellini disse...

Sufocante.

Fui ficando sem ar enquanto lia.

Que a página seja virada e quem sabe a próxima tenha no título VBAC.

Beijos,


--
Dani Garbellini
(da materna)

Bartira Betini disse...

Seu relato é emocionante. Tenho muito medo disso acontecer comigo.

M. Carolina disse...

nossa priscila
estou em prantos...
achei bonito, sincero e verdadeiro.
acho importante que as pessoas possam conhecer os tantos aspectos emocionais, físicos e espirituais envolvidos no parto
que no fim
é sempre uma experiência muito intensa e transformadora!
obrigada por compartilhar e se permitir uma reflexão crítica da tua história!
seu VBAC começou aí.
parabéns pelo chico e pela mulher que vc é!
bj
carol (do tom)

Unknown disse...

uau, Pri, estou chorando... o que fizeram com o nascimento entre nóis, meu deus? nascer virou um evento potencialmente perigoso, que exige uma série de cuidados. Pri, como bem disse a Carol, seu VBAC começou aí. QUerida, torço por vc!!! e parabéns pela coragem do relato e pelo belo Chico, que um dia eu espero conhecer pessoalmente!
bj com carinho

Anônimo disse...

A ignorância consola. Na época eu não achei nada de errado, nem quando o anestesista comemorou o gol do Brasil, apesar de hoje eu ficar indignado com aquilo.
Nada poderia ter sido diferente; o médico tinha um bom currículo, tanto formal quanto no seu relacionamento com a Priscila. Normalmente não é recomendável se deixar orientar por uma intuição emocional, ainda mais numa circunstância de gravidez e parto. O médico havia assegurado ser favorável ao parto normal.
Enfim, amadurecemos e na próxima vez faremos do nosso jeito, aproveitando nossa experiência, e que outras pessoas nos tenham como uma referência na busca de mais controle de suas experiências de vida.

Unknown disse...

Nossa fiquei chocada com seu relato...essa é a prova q mtas vezes os médicos fazem o querem.

Que Deus abençoe vc e a sua família.
Ah! Parabéns pelo post verdadeiro.

Patricia disse...

Querida Priscila,

Durante esses meus últimos meses e dias de gestação, era sempre em vc que eu pensava, me inspirava.
Seu relato é lindo, só agora pude ler... e chorei bastante por vc.
Ainda bem que o Chico e lindo e que vc pode ser uma mãe maravilhosa pra ele, é o que consola.

Beijão,
Patricia

Isadora Canto disse...

Puxa, estou sem ar!
Sabe, eu me curei do meu primeiro parto normal hospitalar mega cheio de intervenções com o parto da Lia, que foi em casa. Eu precisei do parto hospitalar para aceitar um domiciliar e a vida é assim, cada um tem sua história e o Chico tem a dele. Nunca se culpe viu?
Um beijo!
Isadora

Anônimo disse...

A diretriz médica é o risco zero com o máximo controle das variáveis. Alguém poderia dizer que uma cesárea é mais arriscada do que um parto normal, mas o médico argumentaria que o controle do horário e o conhecimento prévio de todas as possibilidades de um só procedimento (cesárea) reduzem imprevistos. A questão do corpo da mulher, da simbologia do parto normal e do afeto envolvido no momento do nascimento são secundários. É por essas e outras que vejo por exemplo médicos pervertidos tratando o parto normal como contingente e a circuncisão como necessária: na realidade, uma inversão de valores.

Unknown disse...

Priscila
O seu relato me fez lembrar do meu. Também tive uma cesárea.
Vc já começou trilhar seu caminho de cura escrevendo e relatando para nós um momento tão importante da sua vida.
Seu caminho para um VBAC começou no dia em que Francisco nasceu, além de ser um relato exemplo para todas as mulheres que têm medo de ouvir os próprios sentimentos...
Luz e saúde,
Viviane Coentro
(da materna)

Isa disse...

nossa,parecia que eu estava vivendo aquilo tudo também,parabéns pelo relato,estou grávida de 7 meses e também tenho medo de ser enganada no parto e me fazerem algo desnecessário.Pretendo ter parto normal e de cócoras.
Mas não ligue mais para isso,seu filho nasceu lindo e saudável. com certeza seu relato já é um ótimo protesto,acredito que sempre que uma futura mãe ler seu depoimento sua tristeza possa ir embora. E como tudo na vida a gente só aprende vivendo,agora você pode num futuro parto fazer tudo do jeito que deseja. Me identifiquei muito com você quando diz que tem dificuldade em decidir as coisas guiada pelos seus sentimentos,e por isso se vê em situaçoes como essas,como se não fossemos donas de nossas vidas. Mas isso tudo nos serve de aprendizagem.
Felicidades para você seu filhote e o pai de seu filhote.
parabéns por ser mais uma sobrevivente desta nau!

Katia Barga disse...

Pri
obrigada por compartilhar. Muitas mulheres não relatam as suas cesareas, mas esses relatos ajudam tanto outras mulheres a perceber o que vai acontecer se continuarem no caminho em que estão.
Muito emocionante o seu relato.
beijos
Katia
(da materna)

Unknown disse...

Emocionante.
Indicarei seu blog qndo tiver uma amiga se iludindo com o parto "normal" ou até aquelas que escolhem pela cesarea.
Me autoriza?

Bjos.
Larissa Reis.
(da materna)

Mariana Tezini disse...

Já tinha lido teu relato há algum tempo. Hoje quando vi na lista que vc está grávida fiquei muito feliz. Agora é hora de ouvir aqueles sentimentos que gritaram lá atrás e se entregar de corpo e alma a esse momento. Que bom vai ser acompanhar esse lindo processo.
Beijo grande
Mari do Caetano

Priscila disse...

OI Mari, obrigada pelo carinho.
Sim, vai ser um processo delicioso de se viver.
Beijo Grande, Pri

 
t (c)